Com contratos de patrocínios cada vez mais altos, advogados se tornam indispensáveis no mundo do jiu-jitsu

Publicada: 11/01/2023 - 11:46


Por Leonardo Freitas

Se há duas décadas os lutadores necessitavam de apenas treinadores de suas modalidades e colegas de treinos para ter uma carreira vitoriosa, nos dias de hoje os grandes astros possuem uma verdadeira entourage, que vai desde o treinador, passando por nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo do esporte e advogado. 

Este último profissional vem se apresentando cada vez mais indispensável na carreira de um atleta de alto rendimento, pois sua importância vai desde os contratos de trabalho dos próprios membros do staff, passando por aquele que assegura os direitos do atleta junto à organização e também os de patrocínio.

Especialista no atendimento de lutadores, a advogada brasileira Larissa Ricci Pereira, uma das referências do escritório americano Ricci Law, vem ao longo dos últimos anos assessorando atletas com contratos de patrocínio nos EUA. Com bastante experiência no setor, ela atenta para a necessidade de se exigir contratos.

“Muitos lutadores, no início da carreira, acabam acertando patrocínios, parcerias ou permutas apenas na palavra, e acabam não assegurando seus direitos. E também não basta apenas um contrato, uma folha de papel, é importante contar com o auxílio de um advogado para não assinar qualquer coisa”, destacou.

Mestre em Direito do Entretenimento pela USC Gould School of Law e com uma vasta experiência em Direito Desportivo, Larissa Ricci, além de diversos trabalhos bem-sucedidos na área, também é reconhecida por palestras voltadas ao segmento, além de ser uma das mais respeitadas advogadas entre os praticantes de jiu-jitsu também por sua atuação em processos de imigração.

Acostumada a revisar contratos de lutadores das principais equipes de jiu-jitsu do mundo, Larissa Ricci enfatiza que o papel do advogado é proteger e valorizar a imagem do atleta, além de conscientizá-los da importância de formalizar toda e qualquer parceria.

“Já me deparei com erros graves por parte de atletas, que por falta de conhecimento acabam não se valorizando. É importante entender que sua imagem é importante e que se hoje ele vale X, amanhã pode valer 10X, por isso eu aconselho a não assinar contratos vitalícios, contratos sem a remuneração adequada”, explicou.

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