Especialista exalta cuidados importantes para lutadores que possuem brincos e piercings

Publicada: 01/12/2022 - 11:13


Jaquelini Luquini listou pontos importantes sobre higienização

Lutador André Fili é um adepto dos acessórios estéticos (Foto: UFC)

Os piercings estão em alta na estética. Inclusive, atletas, entre eles alguns lutadores, não estão de fora desta moda, embora seja necessário, para a segurança, retirar o acessório durante treinos e lutas. Porém, apesar de cascas-grossas, os lutadores devem tomar cuidados importantes na colocação e na cicatrização.

Especialista em furo de orelha humanizado e body piercing, Jaqueline Luquini destaca que a procura para fazer o procedimento tem sido cada vez mais, em especial as na orelha, com a popularização de perfurações como tragus, helix e transversal e afins.

“Apesar da colocação desses piercings ser um procedimento simples, a pessoa deve se atentar a qualificação do profissional para realizar esses procedimentos. Caso não haja precisão no furo, a pessoa pode sofrer no processo de cicatrização”, exemplifica a especialista.  

A higienização também é fundamental tanto no processo de cicatrização, como durante o procedimento, pois o risco de infecção quando a biossegurança não é respeitada é alto. Foi o que aconteceu com Alexandra Santos, de 25 anos, que após furar a orelha na região do tragus, precisou recorrer a antibióticos, por conta de uma infecção após uma perfuração incorreta.

“Começou com um inchaço no local do furo, que estava muito quente também. A profissional orientou que eu deveria fazer uma compressa com água quente, mas os dias passaram e foi ficando pior, cheguei a voltar no estúdio para fazer uma drenagem. Mesmo depois disso, piorou muito e eu não conseguia mais mover o maxilar sem sentir dor, tinha febre. Fui à UPA e foi constatada uma infecção no local, não chegou a ir para o sangue, mas precisei tomar antibióticos, remédio na veia e fazer uma drenagem”, relata.

A especialista Jaqueline Luquini destaca que para evitar problemas como o vivido por Alexandra, além de escolher bem o profissional e se atentar se o estúdio segue regras de higiene, como luvas e agulhas descartáveis, a pessoa deve seguir à risca os cuidados na cicatrização. 

“Antes de fazer a limpeza do furo e da joia, a pessoa deve lavar bem as mãos, em seguida deve molhar um algodão com soro fisiológico e higienizar o local. Esse processo deve ser feito cerca de três vezes ao dia e a pessoa deve evitar ficar tocando no piercing. Os cuidados devem ser realizados por 30 dias”, orienta.

O atrito também pode inflamar o piercing, por isso deve haver cuidados como evitar que o cabelo e roupas enrosquem na joia. 

“Se o piercing for na orelha o recomendado é dormir virado para o lado oposto à perfuração; por isso furar piercings nas duas orelhas de uma só vez pode não ser uma boa ideia”, alerta.

O tipo de jóia também pode influenciar na cicatrização. Segundo Jaqueline Luquini, as mais recomendadas são as feitas com titânio, ouro ou aço cirúrgico.

“O formato de joia mais arredondada também é melhor para o processo de cicatrização, pois evita que o objeto se enrosque com facilidade, assim como joias menores”, diz.


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