Lutador e empresário nega acusações feitas por jovem em caso polêmico; entenda

Publicada: 15/10/2019 - 12:00


Na última segunda feira (14), ainda repercutindo a denúncia de abuso sexual exibida na última edição do programa “Fantástico”, da Rede Globo, a agência de notícias “Ag. Fight” revelou uma suposta acusação sobre o empresário e lutador de MMA Richardson Andrigo, popularmente conhecido como Rick Monstro.


De acordo com a agência de notícias, uma das vítimas, que preferiu não mostrar seu rosto e não revelou sua identidade, em um dos Registros de Ocorrência, cita Rick e o acusa de ter mantido relação com a jovem em fevereiro de 2016, ressaltado que a mesma disse não ter sofrido nenhum tipo de agressão ou constrangimento. 

Atualmente com 35 anos, o lutador e empresário emitiu uma nota oficial à imprensa, obtida pela TATAME, onde responde às acusações feitas em seu nome e, apesar de admitir que praticou relação com a jovem, nega veementemente que o ato tenha ocorrido da maneira como foi relatada por ela e, posteriormente, veiculada em outros sites.

Confira:
Nota à Imprensa


Diante dos últimos fatos publicados, me vejo no direito em também buscar uma forma de esclarecer as notícias que circulam de forma solta e com graves consequências, entre elas, o futuro de minha carreira profissional como lutador e empresário.


O fato narrado pela jovem em questão não esconde a verdade, pois mantivemos, sim, relação entre duas pessoas , mas não da forma como a reportagem veiculada pelo Ag. Fight e replicada por outros sites estão narrando. Assim como na classe artística, em que os colegas de trabalho se relacionam, também ocorre no meio esportivo, no meu caso não sendo diferente, porém, sempre respeitando cada uma das pessoas com as quais me relacionava e, principalmente, à vontade de cada uma. Não dei bebida alcoólica para ninguém e não usei de força para que tal ato acontecesse. Minha relação com a jovem era, inclusive, de conhecimento da mãe, pois morávamos no mesmo prédio, o que me surpreende tal acusação mais de três anos depois do ocorrido.


Começamos com trocas constantes de mensagens e muitas conversas, e então no Carnaval de 2016, em que eu estava na casa de um amigo com outros dois lutadores, bebemos, nos divertimos e vim para minha casa com estes amigos.


Ressalto que os dois foram convocados para depor sem eu ter certeza que a narrativa de ambos são a mesma minha. Eles contaram exatamente como ocorreu. “A moça tocou a campainha e como já conhecíamos, liberamos para entrar. Ela foi para o quarto do Rick e eu e o (outro lutador), ficamos na sala conversando e bebendo, rindo da situação”, conta uma das testemunhas em depoimento. Fato este que consta também no depoimento da jovem, o que confirma minha veracidade em narrar os fatos.


Assumo ter relação sexual com uma jovem de 15 anos (na ocasião, me recordo dela contar que tinha 16). Infelizmente, na hora do ato e que estamos na situação, não pedimos RG, apenas deixamos fluir, pois ambos estavam com o mesmo pensamento e desejo, e não vejo crime nisso.

Errei em acreditar que eu estava em uma situação segura e de confiança. Sim, confiei na jovem e no que estávamos sentindo, pois não foi apenas uma vez que tivemos relação. Mantivemos os encontros e sexo por algumas vezes, logo depois eu comecei a namorar e não nos encontramos mais. Foram registrados por ela boletim de ocorrência e dois depoimentos divergentes, ou seja, as histórias não tem coerência, não se encontram, se confundem e faltam com a verdade do que realmente fizemos.


Eu estava em casa, ela tocou a campainha, subiu e tivemos relação. Não saí para levar ninguém ao bar, não comprei bebida, não induzi ninguém ao álcool e muito menos posso afirmar que tirei a virgindade dela como ela narra. Sendo assim, o ato foi 100% consensual.


A reportagem aponta também o artigo 217-A, estupro de vulnerável em que “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos” pode render pena de reclusão de oito a quinze anos – além disso, o texto da lei também fala que “incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas com alguém que (…) não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.


Diante deste trecho, afirmo que não acredito ter cometido ou estar envolvido em crime, pois a jovem tinha 15 anos, não estava embriagada. Foi ela quem se dirigiu à minha casa, não estava fora de suas faculdades mentais e quando chegou, já sabia o que queria e iria fazer. Infelizmente, em muitos casos de denúncias deste tipo, se acredita apenas no lado feminino, tendo em vista as histórias que envolvem homens. Mas temos recentemente caso semelhante com o jogador Neymar, o qual sofreu as mesmas acusações que eu sofro neste momento.


Certo de que a polícia fará a investigação e chegará à conclusão da verdade, assumo minha responsabilidade, isentando qualquer envolvimento do ambiente em que eu prestava serviço, uma vez que não era contratado da Empresa. O que peço é que a imprensa, ao publicar, não me apontem como um “estuprador” ou “abusador de menores” como estão fazendo, pois foge à verdade e fere a imagem de um cara que trabalha, estuda, comanda empresas, promove atletas e tem, acima de tudo, uma família por trás, que me deu uma educação correta e acima de tudo aprender a amar e respeitar o próximo.


Que essa jovem reflita sobre as acusações, pois ela sabe que está faltando com a verdade. Fico à disposição para qualquer declaração a mais em que eu possa de fato falar sobre e como ocorreu, mas acredito ter deixado claro que não houve estupro, muito menos abuso de vulnerável.


Att,
Richardson Andrigo

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