Projeto social de jiu-jitsu leva esperança a jovens da Zona Norte carioca

Publicada: 04/09/2025 - 9:53


Iniciativa atende jovens do subúrbio carioca – Foto: Divulgação

Na Zona Norte do Rio, o jiu-jitsu tem sido mais do que um esporte: tem se tornado ferramenta de transformação social. À frente desse movimento está o faixa-preta 2º grau Júnior Rocha, da equipe Kronos BJJ, responsável pelos projetos CT Jr. Rocha BJJ, em Rocha Miranda, e GREIP da Penha.

Criado em 2017, o CT Jr. Rocha BJJ nasceu com o objetivo de oferecer oportunidades para todas as idades. Já no GREIP da Penha, iniciado em 2023, o foco é a formação de crianças e adolescentes. Hoje, juntos, os dois espaços atendem cerca de 180 alunos, entre crianças de 5 anos e idosos de 72. As atividades acontecem de segunda a sexta, em diferentes horários, e são abertas a todos que queiram aprender.

Os resultados já aparecem nos tatames. Destaque para Juliana Rocha, de 11 anos, bicampeã brasileira pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) e campeã estadual pela Federação de Jiu-Jitsu Desportivo (FJJD), que acumula mais de 50 medalhas, e para Gabriella Matos, de 10 anos, que conquistou títulos estaduais e nacionais pela Confederação Brasileira Jiu-Jitsu Olímpico (CBJJO) e FJJD. Além disso, o projeto já formou dois faixas-pretas, que hoje ajudam Junior na condução das aulas.

Não há incentivos financeiros regulares, mas importantes parcerias de longa data com a Legião da Boa Vontade, Rádio Brasil e Tintas Nacional têm ajudado com materiais e inscrições em competições, permitindo o funcionamento do projeto. Para Júnior Rocha, o impacto vai muito além das medalhas.

“O projeto está impactando diretamente nas famílias. As crianças ganham autoconfiança, aprendem valores como respeito, disciplina e hierarquia. Formamos atletas de alto rendimento, mas também cidadãos de bem”, destaca o professor.

Apesar das conquistas, ele ressalta que iniciativas como essa ainda precisam de mais reconhecimento.

“Temos poucas ajudas para uma demanda muito grande. Projetos sociais deveriam ser mais valorizados. Estamos de portas abertas para empresas sérias que queiram contribuir e fazer parte dessa transformação social “, conclui.

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