Treinador de Jiu-Jitsu, brasileiro é preso nos EUA acusado de estupro; veja detalhes do caso

Publicada: 07/12/2020 - 11:43


Professor de Jiu-Jitsu e um dos sócios da Gracie Barra Novo México, além de instrutor da arte suave na equipe Jackson-Wink MMA – uma das mais renomadas nas artes marciais mistas -, Rafael “Barata” Freitas está diretamente envolvido em um caso grave. O brasileiro, de 37 anos, foi preso nos Estados Unidos após ser acusado de drogar e estuprar uma mulher, que era uma de suas alunas, em situação que ocorreu no dia 7 de novembro, ou seja, há um mês, e denunciada cerca de dez dias depois. A informação foi confirmada pelo “Albuquerque Journal”, jornal da cidade de Albuquerque, estado do Novo México.

A queixa foi registrada na Corte Metropolitana do Condado de Bernalillo e, segundo a denúncia, a mulher – que era aluna de Barata há anos -, capturou o registro do crime através de uma câmera de segurança instalada em sua sala de estar. O policial ouvido pela reportagem do Albuquerque Journal deu mais detalhes sobre o ocorrido.

“Em 17 de novembro, uma mulher denunciou o estupro a um detetive e disse que ele havia acontecido em sua casa durante uma aula particular, no dia 7 de novembro, com o treinador. Ela informou que tinha aulas com Freitas há vários anos e, naquele dia, ele estava fazendo uma massagem em suas pernas devido a cãibras recentes. A vítima disse que Freitas flerta com ela e com várias outras mulheres que treina, que ‘às vezes achava o comportamento dele impróprio’ e que nunca houve relacionamento amoroso entre os dois”, diz o trecho da publicação.

Em declaração à polícia, a mulher afirma que bebeu meio copo de vinho e depois tomou café da manhã, onde bebeu suco de laranja com ele antes da aula. A vítima acrescentou que foi ao banheiro e, ao voltar, viu que Rafael havia preparado um segundo copo de suco de laranja para ela, informando à polícia que também adicionou uma dose de uísque e ginger à bebida, e após cerca de 30 minutos, começou a “sentir sono”, enquanto Barata massageava suas pernas. A vítima disse que “desmaiou rapidamente” e acordou horas depois, nua da cintura para baixo, já sem a presença do brasileiro.

Ainda de acordo com a publicação, a mulher informou à polícia que enviou uma mensagem a Rafael Freitas afirmando que estava envergonhada, além de perguntar sobre o fato dela estar nua, e o professor respondeu: “Sim, você estava bem, não se sinta assim, você está bem”. A aluna também ressaltou que, na sequência, recordou de ter uma câmera de segurança instalada em sua sala de estar e, diante disso, deu uma cópia do vídeo para a polícia.

Um detetive ainda fez uma descrição do caso com as imagens do vídeo, que mostram o faixa-preta de Jiu-Jitsu, “possivelmente”, jogando uma substância no suco de laranja da mulher, enquanto a mesma estava no banheiro, e que sua mão ainda realiza um movimento de “misturar” o copo. Na sequência, após Barata iniciar a massagem, as pernas da aluna aparentam estar “pesadas” e, segundo o detetive, ainda é possível ver Rafael tirando o shorts da vítima e parecer fazer sexo oral, enquanto ela está desmaiada. Antes de sair da casa, Freitas pega a mão dela, com o braço parecendo estar “mole”, e em seguida esfrega em suas partes genitais. A mulher ainda ficou imóvel no sofá da sala por cerca de 50 minutos após a saída do professor da casa.

Rafael “Barata” Freitas é professor de Holly Holm, ex-campeã peso-galo do UFC, e também de Michelle Waterson, também lutadora do Ultimate. O brasileiro, inclusive, esteve no corner de Holm no duelo da americana diante de Irene Aldana, em outubro, no UFC on ESPN 16, que aconteceu na “Ilha da Luta”, em Abu Dhabi.

Rafael ‘Barata’ Freitas é responsável por ‘afiar’ o Jiu-Jitsu de Holly Holm (Foto: Reprodução/Instagram/@hollyholm)

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