Vice-campeã mundial com apenas seis meses de faixa-preta, brasileira quer inspirar outras mulheres a seguirem o caminho do jiu-jitsu

Publicada: 08/12/2022 - 10:32


Luciana garantiu o vice-campeonato mundial nos primeiros meses como faixa-preta (Foto: Arquivo Pessoal)

*Por Leonardo Fabri

Neste mês de dezembro, a lutadora de jiu-jitsu Luciana Mota Castelo Branco completa seu primeiro ano na faixa-preta. Apesar do curto período, ela já anota em seu currículo o vice-campeonato mundial adulto da IBJJF, principal competição da modalidade no planeta, conquistado em junho deste ano, na Califórnia. A conquista veio no seu sexto mês na preta.

Agora um pouco mais experiente, a meta é seguir subindo nos pódios das principais competições de jiu-jitsu do planeta, colecionar medalhas e, o mais importante, inspirar outras mulheres, como vem fazendo desde as faixas coloridas.

“Quero continuar disputando os principais campeonatos de alto nível, mostrando que o jiu-jitsu feminino tem muito a acrescentar na vida de outras mulheres. O meu objetivo não são apenas medalhas, mas, sim, inspirar outras pessoas e mostrar que é possível ter um estilo de vida através do esporte”, destacou a manauara.

Além da prata no mundial, Luciana Mota Castelo Branco também foi campeã do American National este ano, como faixa preta. Nas coloridas, ela ainda coleciona três títulos mundiais sem kimono, nas faixas roxa e marrom; um mundial master na faixa-marrom; um título Pan-Americano, na roxa; e onze títulos no American Nationals, sendo seis de kimono e cinco sem, incluindo categoria e absoluto, todos pela IBJJF.

O jiu-jitsu vem cada vez mais ganhando força entre as mulheres. Prova disso é o alto nível nas competições femininas, o que exalta ainda mais o feito de Luciana, além do valor pago em premiações, a promoção de GPs e lutas casadas.

“Acredito que essa valorização dá-se ao fato de que nós, mulheres, conseguimos demonstrar que temos muito a acrescentar na evolução do jiu-jitsu como esporte”, apontou a faixa-preta.

Esse crescimento não se limita à competição. Muitas mulheres adotam o kimono devido às técnicas de defesa pessoal, o que garante segurança, autoestima e autoconfiança, elementos fundamentais para o ser humano.

“As mulheres, de uma forma histórica, sempre foram consideradas o sexo frágil, mas demonstramos o contrário no esporte. O jiu-jitsu é uma modalidade de muita técnica, na qual podemos provar, com habilidade, que podemos nos defender em situações de perigo”, frisou a faixa-preta da Alliance.

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